Durante a escalada em direção ao cume do Everest, alpinistas que demonstram sintomas de imobilidade ou problemas como hipoxia, hipotermia, edemas cerebrais e pulmonares são deixados para trás, enquanto suas equipes continuam o caminho para o cume. No dia 15 de maio de 2006, um jovem alpinista britânico chamado David Sharp jazia moribundo perto do cume do Everest, enquanto quarenta outros alpinistas passavam por ele. Uma semana depois, Lincoln Hall, um experiente montanhista australiano, foi dado como morto e deixado para trás. A morte de Hall foi informada para o mundo inteiro, mas no dia seguinte ele foi encontrado com vida após passar a noite no alto da montanha, sem comida ou abrigo. Se a morte de Sharp foi chocante, não foi a única: apesar do inesperado bom tempo, naquele ano dez outras pessoas morreram tentando chegar ao cume. Com base em cuidadosa pesquisa, Nick Heil narra toda a história do mais mortal dos anos do Everest desde a trágica temporada de 1996. Heil levanta a questão: os alpinistas deveriam abrir mão do seu objetivo último, parando e socorrendo colegas incapacitados, ainda que isso significasse o fracasso de seus próprios esforços de meses de preparação? A justificativa de quem segue é a de que não existe possibilidade de resgate imediato por outros alpinistas, pois àquela altura encontram-se também no limite de suas forças. O resgate implicaria na perda de recursos fisiológicos e materiais que teriam conseguido manter até então, o que poderia trazer sérios riscos às suas vidas. Escrito por um experiente alpinista, Montanha sombria é um relato empolgante sobre uma temporada que entrou para a história e, ao mesmo tempo, uma perturbadora investigação sobre a crescente mercantilização e descontrole que caracterizam a busca pela realização máxima do alpinismo. Nele, Heil narra a polêmica em torno do comportamento humano em situações limite e questiona até que ponto o ser humano é compassivo e solidário - e em que momento a fraternidade é deixada de lado para garantir a própria sobrevivência.

Montanha sombria (Português) Capa comum

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Durante a escalada em direção ao cume do Everest, alpinistas que demonstram sintomas de imobilidade ou problemas como hipoxia, hipotermia, edemas cerebrais e pulmonares são deixados para trás, enquanto suas equipes continuam o caminho para o cume. No dia 15 de maio de 2006, um jovem alpinista britânico chamado David Sharp jazia moribundo perto do cume do Everest, enquanto quarenta outros alpinistas passavam por ele. Uma semana depois, Lincoln Hall, um experiente montanhista australiano, foi dado como morto e deixado para trás. A morte de Hall foi informada para o mundo inteiro, mas no dia seguinte ele foi encontrado com vida após passar a noite no alto da montanha, sem comida ou abrigo. Se a morte de Sharp foi chocante, não foi a única: apesar do inesperado bom tempo, naquele ano dez outras pessoas morreram tentando chegar ao cume. Com base em cuidadosa pesquisa, Nick Heil narra toda a história do mais mortal dos anos do Everest desde a trágica temporada de 1996. Heil levanta a questão: os alpinistas deveriam abrir mão do seu objetivo último, parando e socorrendo colegas incapacitados, ainda que isso significasse o fracasso de seus próprios esforços de meses de preparação? A justificativa de quem segue é a de que não existe possibilidade de resgate imediato por outros alpinistas, pois àquela altura encontram-se também no limite de suas forças. O resgate implicaria na perda de recursos fisiológicos e materiais que teriam conseguido manter até então, o que poderia trazer sérios riscos às suas vidas. Escrito por um experiente alpinista, Montanha sombria é um relato empolgante sobre uma temporada que entrou para a história e, ao mesmo tempo, uma perturbadora investigação sobre a crescente mercantilização e descontrole que caracterizam a busca pela realização máxima do alpinismo. Nele, Heil narra a polêmica em torno do comportamento humano em situações limite e questiona até que ponto o ser humano é compassivo e solidário - e em que momento a fraternidade é deixada de lado para garantir a própria sobrevivência.