Ascenso Ferreira causou grande impacto no panorama literário brasileiro quando, em 1927, lançou Catimbó, nas palavras de Mário de Andrade, "um dos livros mais originais do modernismo brasileiro". Cana caiana (1939) e Xenhenhém (1951) completam o panorama de uma obra poética profundamente enraizada no Nordeste, de onde extrai seu substrato, presente nas imagens, estribilhos, crendices, linguajar e na semântica sobre a qual assentam os poemas. Ao mesmo tempo, a obra de Ascenso responde a inquietações universalmente associadas aos processos de modernização. Extremamente musical, a poesia de Ascenso se alimenta da ternura e da paixão de viver. A vida, presente nos poemas em toda a sua sensualidade, naquilo que deve ser visto, saboreado, cheirado, sentido, se descortina aos olhos do leitor, convidado pelo poeta a experimentar a realidade e a fantasia, a viver o gozo da comunhão da carne e a dor da desaparição ou da morte. Por outro lado, é no espaço da poesia que Ascenso salvaguarda mundos sociais e universos culturais ameaçados de desaparecimento. É, ainda, através da poesia que Ascenso constrói sua utopia de um mundo encantado, onde o maior dos temores traveste-se do medo infantil da Cabra-Cabriola e do Pai-do-Mato. Em Ascenso Ferreira, o sujeito alcança a redenção nos fugazes momento em que a comunhão da carne permite a transfiguração.

CATIMBÓ, CANA CAIANA, XENHENHÉM

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Ascenso Ferreira causou grande impacto no panorama literário brasileiro quando, em 1927, lançou Catimbó, nas palavras de Mário de Andrade, "um dos livros mais originais do modernismo brasileiro". Cana caiana (1939) e Xenhenhém (1951) completam o panorama de uma obra poética profundamente enraizada no Nordeste, de onde extrai seu substrato, presente nas imagens, estribilhos, crendices, linguajar e na semântica sobre a qual assentam os poemas. Ao mesmo tempo, a obra de Ascenso responde a inquietações universalmente associadas aos processos de modernização. Extremamente musical, a poesia de Ascenso se alimenta da ternura e da paixão de viver. A vida, presente nos poemas em toda a sua sensualidade, naquilo que deve ser visto, saboreado, cheirado, sentido, se descortina aos olhos do leitor, convidado pelo poeta a experimentar a realidade e a fantasia, a viver o gozo da comunhão da carne e a dor da desaparição ou da morte. Por outro lado, é no espaço da poesia que Ascenso salvaguarda mundos sociais e universos culturais ameaçados de desaparecimento. É, ainda, através da poesia que Ascenso constrói sua utopia de um mundo encantado, onde o maior dos temores traveste-se do medo infantil da Cabra-Cabriola e do Pai-do-Mato. Em Ascenso Ferreira, o sujeito alcança a redenção nos fugazes momento em que a comunhão da carne permite a transfiguração.